O tal estilo “morde e assopra”, que uma parte do PT acusa o governador Eduardo Campos (PSB) de empreender perante o governo da presidente Dilma Rousseff, deve seguir no centro das divergências entre petistas e socialistas. Na tarde desta quinta-feira (14), o chefe do Executivo pernambucano, em discurso na Confederação Nacional do Comércio (CNC), mais uma vez, criticou a condução da economia do País e fez um apelo pela “união dos brasileiros” para uma tentativa de retomada do crescimento. O gestor, no entanto, não fez menção direta ao governo Federal.
“Temos o desafio de pensar o Brasil estrategicamente, tivemos um 2011 pior que 2010 e um 2012 pior que 2011. Os Estados Unidos sofreram muito com a crise financeira iniciada em 2008 e cresceram mais do que o dobro que o Brasil no ano passado”, afirmou o governador Eduardo Campos, ressaltando que falta vontade política para driblar o problema.
O socialista falou por cerca de dez minutos para empresários dos setores de comércio e serviços. Durante seu discurso, Eduardo foi bastante aplaudido pela plateia, que, em muitos momentos do evento, comentavam sobre a possibilidade de o pernambucano ser candidato à Presidência da República.
Nos bastidores socialistas, virou um comentário recorrente que o governador Eduardo Campos tem conseguido abrir cada vez mais portas junto a diversos setores do empresariado nacional. Há uma informação, desta vez das coxias petebistas, que o senador Armando Monteiro Neto, que preside a legenda no Estado, tem trabalhado para aproximar o aliado de alguns grupos empresarias. O parlamentar já presidiu a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e tem trânsito livre no setor.
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