Ao lado de João Campos, belmontense Víctor Marques toma posse como vice- prefeito do Recife

 

Reeleito em primeiro turno, com recorde de 78% dos votos recifenses, o prefeito João Campos, 31 anos, tomou posse para o novo mandato de 2025 a 2028 à frente da Prefeitura do Recife, em reunião solene realizada na Câmara Municipal, na tarde desta quarta-feira (1º). Ele é o quarto prefeito consecutivo filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), à frente do Poder Executivo. Também foi empossado o vice-prefeito Victor Marques (PCdoB), em solenidade conduzida pelo presidente da Câmara Municipal do Recife, vereador Romerinho Jatobá (PSB).

A mesa de honra da solenidade foi composta com o vereador Eriberto Rafael (PSB), primeiro secretário da Câmara do Recife; a deputada federal de São Paulo Tábata Amaral; o deputado federal Pedro Campos; e o deputado estadual Sileno Guedes, representando o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto. Romerinho Jatobá formou uma comissão de 12 vereadores para conduzir o prefeito eleito e o seu vice ao plenário do Poder Legislativo.

O Hino Nacional foi executado e, na sequência, João Campos e Victor Marques fizeram a entrega de declarações de bens e cópia dos diplomas de eleitos fornecidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), conforme determina a legislação. Eles também prestaram o compromisso constitucional e da Lei Orgânica do Recife, com a mão direita colocada sobre a Bíblia. Eles assinaram o Termo de Posse e o primeiro secretário da Câmara do Recife, Eriberto Rafael, leu o termo, concluindo as exigências formais da posse.

João Henrique de Andrade Lima Campos nasceu no Recife, é formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Pernambuco. Bisneto do ex-governador Miguel Arraes, é filho do ex-governador Eduardo Campos. Da primeira vez que foi prefeito, na gestão que se encerrou ontem (2021 a 2024), João Campos assumiu o cargo como o mais jovem da história da cidade. Antes, ele foi deputado federal.    

Em seu primeiro discurso como prefeito reeleito e empossado, João Campos lembrou de quando tomou posse pela primeira vez como prefeito do Recife. “Há exatos quatro anos, em um primeiro de janeiro como esse, vi o meu coração bater como nunca. Subir nesta tribuna para representar a população da cidade onde nasci e cresci, marcou um encontro diferente, movido pela vontade e pela sede de futuro. Nascia ali a materialização do compromisso com o Recife. Não foram os passos fáceis, mas os passos firmes que nos fizeram seguir em frente. Se renovamos a esperança é porque não fizemos isso sozinhos. A cidade avançou unida atrás dos seus objetivos. Venceu porque acreditou na melhor forma de percorrer o caminho”. Ele lembrou que, na primeira vez, subiu à tribuna de máscara, pois estava em vigência a pandemia da covid-19.

Naquele momento, ele disse que já sabia que os tempos não seriam fáceis. “Mas quem cresce entre rios e oceano sabe que mar calmo não faz bom marinheiro. Foi preciso girar a chave com segurança, e, em tempo recorde, retomar o caminho no meio da caminhada”. João Campos fez uma breve avaliação dos quatro anos que se seguiram desde a posse em 2021, mas também dos avanços na economia da cidade com a criação de novos postos de trabalho; na cobertura da atenção básica de saúde; na educação; nos ganhos obtidos com programas que usam a tecnologia digital; nos novos espaços públicos de lazer, entre outros.

Mas o prefeito disse ter consciência de que ainda há muito a ser feito e aproveitou para realizar um discurso político, criticando a intolerância. “Vivemos hoje um tempo brasileiro, marcado nem de pessimismo nem de otimismo, nem de desencanto nem de desilusão, mas da vontade de fazer e trabalhar, da determinação de descobrir, de estudar, de planejar e de construir”. Mais adiante, observou que “a política não pode falhar enquanto política, sob o risco de não se materializar enquanto resultado”.

Ele insistiu que o Recife tem pressa e que é preciso realizar “um governo de precisão”. João Campos disse que “mais do que avançar, o Recife tem o compromisso permanente de inovar”. O prefeito disse, ainda, que não chegou “até aqui para dividir a política entre ‘nova’ e ‘velha’, entre ‘boa’ e ‘má’. O grande ativo da política é entender a importância de saber unir, de formar time, de juntar pessoas para realizar”.

Ele acrescentou que, ao assumir, agora “não tem mais palanque” e que formou “um time que veste a camisa por todo o Recife, uma cidade que nunca faltou com Pernambuco, nem com o Brasil”. Ele também prometeu, para a nova gestão, mais avanço nos espaços urbanos. “Vem aí as novas etapas do Parque da Tamarineira, o Parque do Aeroclube, de Roque Santeiro, de Tejipió e, também, o novo parque de Cajueiro. Tudo isso, junto com novas praças com um novo padrão de qualidade que chegaram para marcar um novo momento de convivência das pessoas com o Recife”.

João Campos destacou ainda que o Hospital da Criança, considerado a maior obra pública de saúde da Região Metropolitana, ficará pronto ainda em 2025. E que a educação vai continuar sendo prioridade, e que o número de creches será triplicado. Ao final, o prefeito agradeceu os diversos apoios recebidos na gestão e na campanha, inclusive de vereadores e vereadoras da Câmara do Recife, sobretudo ao presidente Romerinho Jatobá.

Nas considerações finais da solenidade, foi a vez de Romerinho Jatobá agradecer aos parlamentares que o reconduziram à presidência da Câmara do Recife. “Podem contar comigo. Vamos conduzir esta Casa da melhor forma e respeitaremos os espaços de cada um. Aqui todos têm vez e voz”. Ele defendeu a tese da independência dos poderes, mas disse que “quando é para o bem do Recife, como vereadores, temos que estar pronto para dar respostas rápidas. Mas, respeitamos os debates e posições contrárias".