A mais recente sessão da Câmara de Vereadores de Serra Talhada, conhecida como a "Capital do Xaxado", foi palco de uma grande polêmica envolvendo o vereador Giliard Mendes (PT). O parlamentar apresentou uma petição solicitando que a Prefeitura agisse com rapidez para regularizar a situação dos vendedores ambulantes que ocupam calçadas e espaços públicos na cidade. A proposta, no entanto, dividiu opiniões e gerou forte repercussão entre a população.
Serra Talhada, como muitas cidades do interior de Pernambuco, possui um número expressivo de trabalhadores informais, que dependem da venda de mercadorias nas ruas para garantir o sustento de suas famílias. No entanto, o crescimento desse comércio tem gerado desafios para a mobilidade urbana, especialmente na região da Feira Livre e em vias de grande circulação de pedestres.
O pedido do vereador Giliard para que a gestão municipal regulamente a presença desses ambulantes foi interpretado de diferentes formas. Enquanto alguns cidadãos concordam que é necessário um reordenamento dos espaços públicos, outros enxergaram a solicitação como uma tentativa de remover os trabalhadores informais sem oferecer alternativas adequadas.
Diante da repercussão negativa de sua fala na Câmara, Giliard Mendes precisou esclarecer sua posição publicamente. Ele foi ao programa "Frequência Democrática", apresentado por Francys Maya na Rádio Vila Bela FM, para detalhar suas intenções.
Durante a entrevista, o vereador ressaltou que não é contra os ambulantes e que sua solicitação visa um equilíbrio entre a necessidade desses trabalhadores de comercializarem seus produtos e o direito dos pedestres de transitarem pelas calçadas sem obstáculos.
"Minha preocupação é encontrar um meio-termo. Não queremos prejudicar ninguém, mas é preciso garantir que haja organização, segurança e acessibilidade para todos", explicou Giliard.
O debate está longe de ser encerrado. A população aguarda um posicionamento oficial da Prefeitura de Serra Talhada sobre possíveis medidas para organizar o comércio ambulante. Alternativas como a criação de espaços específicos para os vendedores informais ou a regulamentação de horários de funcionamento são possibilidades que podem surgir no decorrer dessa discussão.
Enquanto isso, o caso segue repercutindo entre os moradores da cidade, mostrando que o equilíbrio entre a economia informal e o planejamento urbano continua sendo um desafio para a administração pública.
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